quarta-feira, 30 de março de 2011

A ela, a única Maria do mundo!



Sim, na roça o polvilho se faz a coisa alva: mais que o algodão, a garça, a roupa na corda. Do ralo às gamelas, da masseira às bacias, uma polpa se repassa, para assentar, no fundo da água e leite, azulosa – o amido – puro, limpo, feito surpresa. Chamava-se Maria Exita. Datava de maio, ou de quando? Pensava ele em maio, talvez, porque o mês mor – de orvalho, da Virgem, de claridades no campo. Pares se casavam, arrumavam-se festas; numa, ali, a notara: ela, flor. Não lembrava a menina, feiosinha, magra, historiada de desgraças, trazida, havia muito, para servir na Fazenda. Sem se dar idéia, a surpresa se via formada. Se, às vezes, por assombro, uma moça assim se embelezava, também podia ter sido no tanto-e-tanto. Só que a ele, Sionésio, faltavam folga e espírito para reparar em transformações.

Saíra da festa em começo, dada mal sua presença; pois a vida não lhe deixava cortar pelo sono: era um espreguiçar-se ao adormecer, para poupar tempo no despertar. Para a azáfama – de farinha e polvilho. Célebres, de data, na região e longe, os da Samburá; herdando-a, de repente, Seo Nésio, até então rapaz de madraças visagens, avançara-se com decisão de açoite a desmedir-lhes o fabrico. Plantava á vasta os alqueires de mandioca, que ali, aliás, outro cultivo não vingava; chamava e pagava os braços; espantava, no dia-a-dia, o povo. Nem por nada teria adiantado atenção a uma criaturinha, a qual.

Maria Exita. Trouxera-a, por piedade, pela ponta da mão, receosa de que o patrão nem os outros a aceitassem, a velha Nhatiaga, peneireira. Porque, contra a menos feliz, a sorte sarapintara de preto portais e portas: a mãe, leviana, desaparecida de casa; um irmão, perverso, na cadeia, por atos de morte; o outro, igual feroz, foragido, ao acaso de nenhuma parte; o pai, razoável bom-homem, delatado com lepra, e prosseguido, decerto para sempre, para um lazareto. Restassem-lhe nem afastados parentes; seja, recebera madrinha, de luxo e rica, mas que pelo lugar apenas passara, agora ninguém sabendo se e onde vivia. Acolheram-na, em todo o caso. Menos por direita pena; antes, da compaixão da Nhatiaga. Deram-lhe, porém, ingrato serviço, de todos o pior: o de quebrar, à mão, o polvilho, nas lages.

Sionésio, de tarde, de volta, cavalgava através das plantações. Se a meio-galope, se a passo, mas sôfrego descabido, olhando quase todos os lados. Ainda num Domingo, não parava, pois. Apenas, por prazo, em incertas casas, onde lhe dessem, ao corpo, consolo: atendimento de repouso. Lá mesmo, por último, demorava um menos. Prazer era ver, aberto, sob o fim do sol, o mandiocal de verdes mãos. Amava o que era seu – o que seus fortes olhos aprisionavam. Agora, porém, uma fadiga. O ensimesmo. Sua sela se coçava de uso, aqui a borraina aparecendo; tantas coisas a renovar, e ele sem sequer tempo. Nem para ir de visita, no Morro-do-Boi, à quase noiva, comum no sossego e paciências, da terra, em que tudo relevava pela medida das distâncias. Chegava à Fazenda. Todavia, esporeava.

O quieto completo, na Samburá, no Domingo, o eirado e o engenho desertos, sem eixo de murmúrio. Perguntava à Nhatiaga, pela sua protegida. __ “Ela parte o polvilho nas lages...” – a velha resumira. Mas, e até hoje, num serviço desses? Ao menos, agora, a mudassem! __ “Ela é que quer, diz que gosta. E é mesmo, com efeito...” – a Nhatiaga sussurrava. Sionésio, saber que ela, de qualquer modo, pertencia e lidava ali, influía-lhe um contentamento; ele era a pessoa manipulante. Não podia queixar-se. Se o avio da farinha se pelejava ainda rústico, em breve o poderia melhorar, meante muito, pôr máquinas, dobrar quantidades.

Demorara para ir vê-la. Só no pino do meio-dia – de um sol do qual o passarinho fugiu. Ela estava em frente da mesa de pedra; àquela hora, sentada no banquinho rasteiro, esperava que trouxessem outros pesados, duros blocos de polvilho. Alvíssimo, era horrível, aquilo. Atormentava, torturava: os olhos da pessoa tendo de ficar miudinho fechados, feito os de um tatu, ante a implacável alvura, o sol em cima. O dia inteiro, o ar parava levantado, aos tremeluzes, a gente se perdendo por um negrume do horizonte, para temperar a intensidade brilhante, branca; e tudo cerradamente igual. Teve dó dela – pobrinha flor. Indagou:__ “Que serviço você dá?” – e era a tola questão. Ela não se vexou. Só o mal-e-mal, o boquinãoabrir, o sorriso devagar. Não se perturbava. Também, para um pasmar-nos, com acontecesse diferente: nem enrugava o rosto, nem espremia ou negava os olhos, mas oferecidos bem abertos – olhos desses, de outra luminosidade. Não parecia padecer, antes tirar segurança e folguedo, do triste, sinistro polvilho, portentoso, mais a maldade do sol. E a beleza. Tão linda, clara, certa – de avivada carnação e airosa – uma iázinha, moça feita em cachoeira. Viu que, sem querer, lhe fazia cortesia. Falou-lhe, o assunto fora de propósito: que o polvilho, ali, na Samburá, era muito caprichado, justo, um dom de branco, por isso para a Fábrica valia mais caro, que os outros, por aí, feiosos, meio tostados...

Depois, foi que lhe contaram. Tornava ainda, a cavalo, seu coração não enganado, como sendo sempre desiguais os domingos; de tarde, aí que as rolinhas e os canários cantavam. Se bem – ele ali o dono – sem abusar da vantagem. “De suas maneiras, menina, me senti muito agradado...” – repetia um futuro talvez dizer. A Maria Exita. Sabia, hoje: a alma do jeito e ser, dela, diversa dos outros. Assim, que chegara lá, com os vários sem-remédios de amargura, do oposto mundo e maldições, sozinha de se sufocar. Aí, então, por si sem conversas, sem distraídas beiras, nenhumas, aportara àquele serviço – de toda a despreferência, o trabalho pedregoso, no quente feito boca-de-forno, em que a gente sente engrossar os dedos, os olhos inflamados de ver, no deslumbrável. Assoporava-se sob o refúgio, ausenciada? Destemia o grado, cruel polvilho, de abater a vista, intacto branco. Antes, como a um alcanforar o fitava, de tanto gosto. Feito a uma espécie de alívio, capaz de a desafligir; de muito lhe dar: uma esperança mais espaçosa. Todo esse tempo. Sua beleza, donde vinha? Sua própria, tão firme pessoa? A imensidão do olhar – doçuras. Se um sorriso; artes como de um descer de anjos. Sionésio nem entendia. Somente era bom, a saber feliz, apesar dos ásperos. Ela – que dependendo só de um aceno. Se é que ele não se portava alorpado, nos rodeios de um caramujo; estava amando mais ou menos.

“Se outros a quisessem, se ela já gostasse de alguém?” – as asas dessa cisma o saltearam. Tantos, na faina, na Samburá, namoristas; e às festas – a idéia lhe doía. Mesmo de a figurar proseando com os próximos, no facilitar. Porém, o que ouviu, aquietava-o. Ainda que em graça para amores, tão formosa, ela parava a cobro de qualquer deles, de más ou melhores tenções. Resguardavam a seus graves de sangue. Temiam a herança da lepra, do pai, ou da falta de juízo da mãe, de levados fogos. Temiam a algum dos assassinos, os irmãos, que inesperado de a toda hora sobrevir., vigiando por sua virtude. Acautelavam. Assim, ela estava salva. Mas a gente nunca se provê segundo garantias perpétuas. Sionésio passara a freqüentar nas festas, princípios a fins. Não que dançasse; desgostava-o aquilo, a algazarra. Ficava de lá, de olhos postos em, feito o urubu tomador de conta. Não a teria acreditado tão exata em todas essas instâncias – o quieto pisar, num muxoxozinho úmido prolongado, o jeito de pôr sua cinturinha nas mãos, feliz pelas pétalas, juriti nunca aflita. A mesma que no amanhã estaria defronte da mesa de laje, partindo o sol nas pedras do terrível polvilho, os calhaus, bitelões. Se dançava, era bem; mas as muito poucas vezes. Tinham-lhe medo, à doença incerta, sob a formosura. Ah, era bom, uma providência, esse pejo de escrúpulo. Porque ela se via conduzida para não se casar nunca, nem podendo ser doidivã. Mas precisada de restar na pureza. Sim, do receio não se carecia. Maria Exita era a para se separar limpa e sem jaças, por cima da vida; e de ninguém. Nela homem nenhum tocava.

Sem embargo de que, ele, a queria, para si, sempre por sempre.

E, ela, havia de gostar dele, também, tão certamente.

Mas, no embaraço de inconstantes horas – as esperanças velhas e desanimações novas – de entre-momentos. Passava por lá, sem paz de vê-la, tinha um modo mordido de a admirar, mais ou menos de longe. Ela, no seu assento raso, quando não de pé, trabalhando a mãos ambas. Servia o polvilho – a ardente espécie singular, secura límpida, material arenoso – a massa daquele objeto. Ou, o que vinha ainda molhado, friável, macio, grudando-se em seus belos braços, branqueando-os até para cima dos cotovelos. Mas que, toda-a-vida, de solsim brilhava: os raios reflexos, que os olhos de Sionésio não podiam suportar, machucados, tanto valesse olhar para o céu e encarar o próprio sol.

As muitas semanas castigavam-no, amiúde nem conseguia dormir, o que era ele mesmo contra ele mesmo, consumição de peixão, romance feito. De repente, na madrugada, animava-se a vigiar os ameaços de chuva, erguia-se aos brados, acordando a todos:__ “Apanhar polvilho! Apanhar polvilho!...” Corriam, em confusão de alarme, reunindo sacos, gamelas, bacias, para receber o polvilho posto no ar, nas lajes, onde, no escuro da noite, era a única coisa a afirmar-se, como um claro de lagoa d’água, rodeado de criaturas estremunhadas e aflitas. Mal podia divisá-la, no polvoroso, mas contentava-o sua proximidade viva, quente presença, aliviando-o. Escutou que dela falassem: “Se não é que, no que não espera, a mãe ainda amanhece por ela...ou a senhora madrinha...” Salteou-se. Sem ela, de que valia a atirada trabalheira, o sobreesforço, crescer os produtos, aumentar as terras? Vê-la, quando em quando. A ela – a única Maria no mundo. Nenhumas outras mulheres, mais, no repousado; nenhuma outra noiva, na distância. Devia, então, pegar a prova ou o desengano, fazer a ação de a ter, na sisuda coragem, botar beiras em seu sonho. Se conversasse primeiro com Nhatiaga? – achava, estapeou aquele pensamento contra a testa. Não receava a recusação. Consigo forcejava. Queria e não podia, dar volta a uma coisa. Os dias iam. Passavam as coisas, pretextadas. Que temia, pois, que não sabia que temesse? Por vez, pensou: era, ele mesmo, são? Tinha por onde merecer? Olhava seus próprios dedos, seus pulsos, passava muito as mãos no rosto. A diverso tempo, dava o bravo: tinha raiva a ela. Tomara a ele que tudo ficasse falso, fim. Poder se desentregar da ilusão, mudar de parecer, pagar sossego, cuidar só dos estritos de sua obrigação, desatinada. Mas, no disputar do dia, criava as agonias da noite. Achou-se em lágrimas, fiel. Por que, então, não dizia hás nem eis, andava de mente tropeçada, pubo, assuntando o conselho, em deliberação tão grave- assim de cão para o luar? Mas não podia. Mas veio.

A hora era de nada e tanto; e ela era sempre a espera. Afoito, ele lhe perguntou:

__ “Você tem vontade de confirmar o rumo de sua vida? __falando-lhe de muito coração. __ “Só se for já...” __ e, com a resposta, ela riu clara e quentemente, decerto que sem a propositada malícia, sem menospreço. Devia de ter outros significados o rir, em seus olhos sacis.

Mas, de repente, ele se estremeceu daquelas ouvidas palavras. De um susto vindo de fundo: e a dúvida. Seria ela igual à mãe? – surpreendeu-se mais. Se a beleza dela – a frutice, da pele, tão fresca, viçosa – só fosse por um tempo, mas depois condenada a engrossar e se escamar, aos tortos e roxos, da estragada doença? – o horror daquilo o sacudia. Nem agüentou de mirar, no momento, sua preciosa formosura, traiçoeira. Mesmo, sem querer, entregou os olhos ao polvilho, que ofuscava, na laje, na vez do sol. Ainda que por instante, achava ali um poder, contemplado, de grandeza, dilatado repouso, que desmanchava em branco os rebuliços do pensamento da gente, atormentastes.

A alumiada surpresa.

Alvava.

Assim; mas era também o exato, grande, o repentino amor – o acima. Sionésio olhou mais, sem fechar o rosto aplicou o coração, abriu bem os olhos. Sorriu para trás. Maria Exita. Socorria-a a linda claridade. Ela – ela! Ele veio para junto. Estendeu também as mãos para o polvilho – solar e estranho: o ato de quebrá-lo era gostoso, parecia um brinquedo de menino. Todos o vissem, nisso, ninguém na dúvida. E seu coração se levantou. __ “Você, Maria, quererá, a gente, nós dois, nunca precisar de se separar? Você, comigo, vem e vai?” Disse, e viu. O polvilho, coisa sem fim. Ela tinha respondido:__ “Vou, demais.” Desatou um sorriso. Ele nem viu. Estavam lado a lado, olhavam para frente. Nem viam a sombra de Nhatiaga, que quieta e calada, lá, no espaço do dia.

Sionésio e Maria Exita – a meios-olhos, perante o refulgir, o todo branco. Acontecia o não-fato, o não-tempo, silêncio em sua imaginação. Só o um-e-outra, um em-si-juntos, o viver em ponto sem parar, coraçãomente: pensamento, pensamor. Alvor. Avançavam, parados, dentro da luz, como se fosse o dia de todos os pássaros.



Guimarães Rosa

Érica Cypriano ღ¸.•*•.¸

terça-feira, 29 de março de 2011

Na minha casa é assim...





Quando amanhece o dia
Na minha casa é assim...
Enquanto um mostra preguiça,
o outro sorri para mim...
Me ponho logo a chamar
É hora de ir pra escola
Docemente vou "brigando"
Prá que ninguém perca a hora.
Começa o alvoroçar
do corre - corre na casa.
Tênis, toalha, uniforme...
-Manhê ! você vem me ajudar !?
Preparo o café bem quentinho
O leite, a manteiga e o pão
Comam todos com jeitinho...
Mas antes, uma oração.
Com um beijinho um se despede
O outro diz: - Vai com Deus
Não canso de agradecer
Isso tudo que Deus me deu.
...Quando amanhace o dia, na minha casa é assim...


Érica Cypriano ღ¸.•*•.¸

segunda-feira, 21 de março de 2011

A porta ao lado

         Em entrevista dada pelo médico Drauzio Varella, disse ele que a
 que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos
 mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada.
         E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida  da gente...
         É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na
 garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de
 simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua
 vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.
         Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a
 abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de
 algumas pessoas melhor, e de outras, pior.
         Tem gente que tem a vida muito parecida com a de seus amigos,
 mas não entende por que eles parecem ser tão mais felizes.
         Será que nada dá errado pra eles? Dá aos montes. Só que, para
 eles, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor
 diferença.
         O que não falta neste mundo é gente que se acha o último
 biscoito do pacote. Que "audácia" contrariá-los! São aqueles que nunca
 ouviram falar em saídas de emergência: fincam o pé, compram briga 
e não deixam barato.
         Alguém aí falou em complexo de perseguição? Justamente.
O mundo versus eles.
         Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também.
 É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema
 solúvel. E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser
 resolvidos assim, rapidinho. Basta um telefonema, um e-mail, um pedido
 de desculpas, um deixar barato.
         Eu ando deixando de graça... Pra ser sincero, vinte e quatro
 horas têm sido pouco prá tudo o que eu tenho que fazer, então não vou
 perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.
         Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e
 gente idem; pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia. Então eu uso a
 "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.
         Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do
 bom humor, a razão por que parece que tão pouca coisa na vida dos outros
 dá errado."
         Quando os desacertos da vida ameaçarem o seu bom humor, não
 estrague o seu dia... Use a porta do lado e mantenha a sua harmonia.
 Lembre-se, o humor é contagiante - para o bem e para o mal - portanto,
 sorria, e contagie todos ao seu redor com a sua alegria.
A "Porta do  lado" pode ser uma boa entrada ou uma boa saída... Experimente!

 Dráuzio Varella

Érica Cypriano ღ¸.•*•.¸

 gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos

quarta-feira, 16 de março de 2011

De volta...

Depois de um tempo longe... estou de volta!!! 
Com saudades de compartilhar as coisas que leio e que vejo... 
Então ai vai uma música para abrir o dia!!!
MAR DE GENTE - O RAPPA
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Aiôa ê ê, Aiôa ôa!
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Brindo a casa
Brindo a vida
Meus amores
Minha família...(2x)
Atirei-me ao mar
Mar de gente onde
Eu mergulho sem receio
Mar de gente onde
Eu me sinto por inteiro...
Eu acordo com uma
Ressaca guerra
Explode na cabeça
E eu me rendo
A um milagroso dia...
Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo
Êh! Êh! Êh! Êh!
Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo...
Voltar com a maré
Sem se distrair
Tristeza e pesar
Sem se entregar
Mal, mal vai passar
mal vou me abalar
Mal, mal vai passar
Mal vou me abalar...
Esperando verdades
De criança
Um momento bom como
Voltar com a maré
Sem se distrair
Navegar é preciso se não
A rotina te cansa
Tristeza e pesar
Sem se entregar...
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Aiôa ê ê, Aiôa é!
Interesses na Babilônia
Viram nevoeiro
Poços em chamas
Tiram proveito
Passa, passa, passa
Passa, passa
Passageiro
A arte ainda
Se mostra primeiro...
Uma onda segue a outra
Assim o mar olha pro mundo
Assim o mar olha pro mundo
Eh!...
Brindo a casa
Brindo a vida
Meus amores
Minha família...(2x)
Eh!
Atirei-me ao mar
Mar de gente onde
Eu mergulho sem receio
Mar de gente onde
Eu me sinto por inteiro...
Eu acordo com uma
Ressaca guerra
Explode na cabeça
Eu me rendo
Mais um milagroso dia...
Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo
Essa é a luz
Que eu preciso
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo
Luz que ilumina
Cria e nos dá juízo...
Voltar com a maré
Sem se distrair
Tristeza e pesar
Sem se entregar
Mal, mal vai passar
Mal vou me abalar
Mal, mal vai passar
Mal vou me abalar...
Esperando verdades
De criança
Um momento bom como
Voltar com a maré
Sem se distrair
Navegar é preciso se não
A rotina te cansa
Tristeza e pesar
Sem se entregar...

Érica Cypriano ღ¸.•*•.¸